quinta-feira, 11 de abril de 2013

Uma e outra corrida

  Em certa ocasião, numa corrida já bastante tradicional, quatro jovens pilotos, amantes da velocidade e do risco, resolveram formar uma equipe e disputá-la. Seriam quatro carros com chances absolutamente iguais de vencer. Todos com a mesma eficiência técnica e rendimentos idênticos. A única coisa a distinguí- los seria a forma com que cada um conduziria seu veículo. 

  Começada a corrida, o primeiro piloto disparou na frente. Em seu objetivo de vencer, ele acelerava cada vez mais, o que ia tornando cada vez mais difícil manter o carro naquela pista sinuosa. A sua forma de guiar, com arrancadas espetaculares e derrapagens em todas as curvas ia produzindo um frisson nos espectadores e um desgaste prematuro e excessivo dos pneus, até que completamente desgovernado, saiu da pista a teve que abandonar a competição. 

  O segundo piloto, extremamente cauteloso e conservador, não admitia correr qualquer espécie de risco. Dessa forma, fazia uso dos freios com tal freqüência, que isto foi produzindo um sobre-aquecimento do sistema, que começou a falhar. Com os freios em precárias condições, foi obrigado a reduzir a marcha, e acabou sendo superado por todos os demais competidores. 

  O terceiro piloto, preocupado com as ameaças que representavam seus oponentes, controlava todos os seus movimentos pelo retrovisor. Ele ficou de tal modo fixado no espelho, atento a tudo que se passava atrás de si, que não percebendo uma curva à sua frente, saiu da pista e ficou fora da corrida. 

  O quarto piloto, muito mais equilibrado que seus companheiros, determinado a alcançar seus objetivos, ocupou-se logo de planejar uma estratégia para a corrida. E desse modo, sempre que as condições da pista permitiam, ele fazia uso do acelerador, e quando as condições lhe eram adversas, ele usava os freios. Jamais se permitiu quebrar a concentração a ponto de perder de vista seu objetivo ao consultar os retrovisores. 

  De início, ele foi superado pelos seus concorrentes, mas aos poucos, sua estratégia se mostrou acertada, e um a um ele foi superando seus adversários e conquistando suas posições. Até que por fim venceu a corrida. E de modo brilhante, sem apresentar cansaço excessivo ou desgaste acentuado de seu equipamento. 

  Esta breve história ilustra muito bem a forma como as nossas organizações estão sendo conduzidas. 

  Algumas, extremamente arrojadas em sua gestão lançam-se em busca de resultados sem avaliar riscos e sem medir esforços. Produzem um enorme desgaste em sua estrutura e raramente são bem sucedidas. 

  Outras, extremamente cautelosas, freqüentemente são surpreendidas pela competitividade do mercado, sendo invariavelmente superadas pela concorrência. 

  Outras ainda, sem uma clara visão de onde pretendem chegar, orientam- se apenas por números de exercícios anteriores ou pelos movimentos da concorrência. Estão literalmente fixadas no retrovisor e geralmente tomam a direção errada. 

  Há, porem, aquelas que estabelecem suas estratégias tendo em vista seus objetivos, que avaliam constantemente as condições do mercado. Elas são arrojadas ou conservadoras conforme a ocasião. Empresas que sabem onde querem chegar. Que percebem as oportunidades e monitoram as ameaças. 

  Essas normalmente são as vitoriosas. 




Entre você também para essa equipe !!!




Não precisa indicar ninguém !!!

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